Conforme a pesquisa de estatísticas experimentais de percepção, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na segunda quinzena de agosto, a pandemia afetou negativamente 47,9% das empresas de construção. As empresas do setor reportaram as maiores incidências de efeitos negativos, seguidas por aquelas do comércio (46,3%).
O levantamento do IBGE teve a participação de 2.267 empresas de todos os setores de atividade econômica, sendo 136 da construção. Das construtoras participantes, 54,8% relataram ter sentido dificuldades no acesso aos fornecedores de insumos na primeira quinzena de agosto em comparação com o mesmo período de julho, enquanto 44,6% não registraram alteração significativa, e apenas 0,6%, facilidade.
Na mesma base de comparação, quando perguntadas sobre o efeito da crise nas vendas, 45,2% das empresas da construção responderam que houve efeito pequeno ou inexistente, 36,2% registraram diminuição, e 18,6%, aumento.
Em relação à fabricação dos seus produtos ou à sua capacidade de atendimento aos clientes, 57,2% das construtoras relataram não ter sentido alteração significativa, 39% informaram dificuldades e apenas 3,8%, facilidade.
No que diz respeito aos encargos, das empresas do setor da construção, 52,2% informaram dificuldade na capacidade de realizar pagamentos de rotina, 46,8% não registraram alteração significativa, e só 1%, facilidade.
Ao final da primeira quinzena de agosto, 66,7% das construtoras informaram inexistência de alteração significativa no número de funcionários, 20% acusaram redução, e 13,3%, aumento.
O IBGE recomenda cautela na utilização das suas estatísticas experimentais, porque são novas e ainda estão em fase de testes e avaliação.
Fonte: https://www.aecweb.com.br/revista/noticias/segundo-ibge-479-das-empresas-de-construcao-foram-prejudicadas-pela-pandemia/20432